Cultura, tecnologia e criatividade gerando impacto econômico
As ferramentas fundamentais para o desenvolvimento nem sempre são as mais óbvias
Hoje não é mais possível ignorar o fato de que as ações e as atividades relacionadas à cultura, à tecnologia e à criatividade geram receita. Isso acontece porque todas estão intimamente ligadas ao fazer humano, à potência de criar que cada um traz dentro de si e que, quando encorajada, é capaz de impactar positivamente a própria economia.
No último dia do South Summit, evento de inovação ocorrido em Porto Alegre no final de março, o painel conduzido por Cesar Paz, fundador da Ecosys, e Márcio Tavares, secretário executivo do Ministério da Cultura, propôs ver a economia criativa como um fomento à produção, à distribuição e à criação de bens e serviços.
Partindo da premissa de que somos e estamos todos conectados pela arte, os painelistas a enxergam como uma das ferramentas fundamentais para o desenvolvimento da sociedade — afinal, o pensamento criativo é um jeito transformador de pensar. A criatividade gera ideias; as ideias geram inovação; e a inovação gera novas oportunidades.
“Cultura é um vetor fundamental para o desenvolvimento, pois, através dela, ocorre a multiplicação de empregos, da produção industrial, do fomento ao empreendedorismo e de inúmeras outras iniciativas”, afirmou Tavares. Além disso, segundo o secretário, a estimativa é de que o Ministério da Cultura invista quase R$ 5 bilhões no audiovisual, explorando as áreas de criação, games e estúdios dos mais variados segmentos artísticos.
Para Cesar Paz, “Saber de um investimento desses, focado em pessoas como agentes transformadores, é sinal de que estamos acordando para um entendimento importante: que os recursos criativos são intangíveis e inesgotáveis, porque quanto mais os utilizamos, mais eles se fortalecem, mais se multiplicam e acabam, por consequência, gerando mais valor também.”
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