Lula demonstra preocupação com desaceleração do PIB em 2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado preocupação com a previsão de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano. Integrantes da equipe  econômica do governo já apresentaram a ele um relatório com todas as medidas tomadas até agora que podem melhorar os resultados da economia, mas já consideram a necessidade de novas iniciativas.

A avaliação é de que a confirmação de uma atividade econômica mais fraca em 2024 pode aumentar a pressão sobre a política fiscal do governo. Membros importantes do PT, como a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, defenderam que o governo abandonasse a meta de déficit zero estipulada pelo Ministério da Economia para o ano.

A ideia defendida por Gleisi e nomes do governo é que o contingenciamento das despesas do Orçamento para atingir a meta fiscal pode comprometer a busca pelo crescimento econômico. Esse aperto nas contas públicas poderia ter efeitos devastadores em programas essenciais do governo Lula, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que pode sofrer com o bloqueio de verbas.

O crescimento econômico é uma cobrança constante de Lula para sua equipe, enquanto se prepara para as eleições municipais que ocorrem em outubro. Os resultados da economia são considerados cruciais para um bom desempenho do PT no pleito.

Em 2023, o PIB cresceu cerca de 3%. De acordo com economistas consultados na pesquisa Focus divulgada no dia 15 de janeiro pelo Banco Central, o crescimento do PIB deve recuar para 1,59% neste ano.

Entre as medidas mapeadas pelo governo para estimular a economia estão:

  • Efeito do pagamento de R$ 93 bilhões de precatórios;
  • Investimentos previstos pela Petrobras e o programa de empréstimos do BNDES para novos investimentos em projetos estruturantes;
  • Aposta no plano estratégico de 2024 a 2038 da petroleira;
  • Início da concessão de empréstimos pelo BNDES com recursos do Fundo Clima;
  • Aceleração da regulamentação de projetos já aprovados, como o Marco Legal de Garantias e a lei recém-avalizada pelo Congresso que cria as debêntures de infraestrutura.

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