MDR e Coca-Cola formalizam parceria para financiar revitalização de bacias hidrográficas
O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), firmou, nesta terça-feira (5), um protocolo de intenções com a Coca-Cola para o patrocínio de ações do Programa Águas Brasileiras, iniciativa interministerial que visa a revitalização de bacias hidrográficas do País. Também foi formalizada cooperação para a instalação de um sistema dessalinizador em Irauçuba (CE), possibilitando o uso de águas subterrâneas para consumo. Os compromissos foram assinados pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e pela diretora-sênior de Relações Corporativas Cone Sul na Coca-Cola América Latina, Silmara Olívio.
“Hoje, assinamos com a Coca-Cola a 11ª parceria do Águas Brasileiras. Para nós, essa ação é essencial, porque a revitalização das bacias significa preservar o nosso mais importante valor, que são as águas brasileiras”, destacou Marinho. “Plantar matas ciliares, preservar as nossas nascentes, fazer o desassoreamento do leito dos rios, evitar que o esgoto doméstico continue a poluir as águas, fazer a destinação adequada do resíduo sólido são ações importantes e integradas, que vão permitir que, no futuro, nós tenhamos um legado para as próximas gerações. Essa é uma orientação que recebemos do presidente Bolsonaro, de investirmos permanentemente na preservação e melhoria da qualidade de vida das populações mais fragilizadas do ponto de vista econômico e social”, completou o ministro.
“Água é um recurso importante para todos nós, para o nosso planeta e para o nosso negócio. Os projetos que estamos apoiando em programas do Ministério do Desenvolvimento Regional fazem parte de um conjunto de ações que a empresa desenvolve há mais de dez anos para a preservação de bacias hidrográficas e acesso de comunidades à água”, afirmou a diretora Silmara Olívio.
O Programa Águas Brasileiras selecionou, por meio de edital, 26 projetos de revitalização de bacias hidrográficas, que contemplam mais de 250 municípios de 10 estados e visam o uso sustentável dos recursos naturais e a melhoria da disponibilidade de água em quantidade e qualidade para os usos múltiplos. Foram escolhidos 16 projetos para a Bacia do Rio São Francisco, dois para a do Rio Parnaíba, dois para a do Rio Taquari e seis para a do Rio Tocantins-Araguaia.
“Nossa meta é viabilizar, com a iniciativa, o plantio de 100 milhões de árvores nas quatro bacias hidrográficas prioritárias. Esta ação é essencial para a recomposição das matas ciliares e para a proteção das áreas de recarga de nascentes”, afirmou Rogério Marinho.
As ações do Águas Brasileiras contemplam os seguintes eixos temáticos: manejo florestal sustentável; proteção e recuperação de áreas de preservação permanente, prioritariamente de nascentes, e de áreas de recarga de aquíferos; implantação de sistemas agroflorestais; contenção de processos erosivos; soluções sustentáveis de saneamento no meio rural e reuso de água no meio urbano; técnicas de engenharia natural para infiltração da água com comprovados benefícios ambientais; ações que levem à redução da criticidade hídrica; e economia circular da água.
A iniciativa também visa avançar nos mecanismos de conversão de multas ambientais e pagamentos por serviços ambientais e aprimorar medidas de gestão e governança que garantam segurança hídrica em todo o País. Além disso, também desenvolve ações de conscientização da sociedade em relação a uma mudança de mentalidade sobre a disponibilidade da água, mostrando que, se não houver cuidado, há risco real de desabastecimento, prejudicando a qualidade de vida e a economia deverão ser realizadas.
O Programa reúne, além do MDR, os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Meio Ambiente (MMA), da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Controladoria-Geral da União (CGU), além de estados e municípios.
Funcionamento
Desde dezembro de 2020, o MDR vem apresentando o Programa Águas Brasileiras com o objetivo de mobilizar e engajar as empresas que têm compromissos com a agenda da sustentabilidade, possibilitando que elas possam agregar valor às suas atividades por meio do apoio a práticas sustentáveis em prol da proteção das águas do País.
Entre as vantagens para as empresas que financiarem os projetos estão inclusão de elementos ASG (ambiental, social e governança corporativa) na cultura organizacional e no seu posicionamento no mercado; geração de valor pela transição para uma atuação resiliente; agregação de valor às cadeias produtivas por meio de práticas sustentáveis; adaptação dos modelos de negócio à economia de baixo carbono; e possibilidade de certificação e comercialização de créditos de carbono decorrentes dos projetos de revitalização, permitindo a redução ou mitigação das emissões de carbono das empresas, no âmbito do mercado voluntário.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR)
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