Nunes se reelege em SP e PSD vence no país
Com 59,35% dos votos, Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito prefeito da capital paulista na noite de domingo (27). Além de Nunes, outros 15 prefeitos mantiveram suas cadeiras nas capitais do país. Entre eles: Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro; Sebastião Melo (MDB), em Porto Alegre; Lorenzo Pazolini (Republicanos), em Vitória; Fuad Norman (PSD), em Belo Horizonte; e David Almeida (Avante), em Manaus.
No discurso da vitória, Nunes disse que o equilíbrio venceu os extremismos. De fato, o resultado das urnas mostrou que a polarização da política brasileira dos últimos anos arrefeceu. O jogo de poder mudou, e, por ora, não está mais entre PT e PL, como aconteceu na disputa pelo Planalto em 2022. Partidos como PSD, Republicanos, Podemos e União Brasil tiveram ascendência relevante, e siglas como PL, MDB e PP se consolidaram. A força política do PSDB, por sua vez, praticamente se esvaziou.
No país, a legenda vencedora é o PSD, com 887 prefeituras, seguido pelo MDB, com 856, e pelo PP, com 747. O PT elegeu 252 prefeitos, ficando em 9º lugar no ranking do TSE, e venceu em seis cidades com mais de 200 mil eleitores – a única capital é Fortaleza, no Ceará, com a vitória de Evandro Leitão.
Todo esse movimento indica convergência para o centro, com predominância conservadora com tendência à direita – o que, claro, deve deixar o PT em alerta, já que o partido parece não ter conseguido renovar seus quadros políticos e perdeu apoio significativo na periferia de grandes capitais como São Paulo.
A vitória de Ricardo Nunes indica também a consolidação da força política de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Padrinho político do candidato do PSD, o governador de São Paulo passou em seu primeiro grande teste como estrategista político.
Gilberto Kassab, o presidente do PSD, é outro que tem motivos para comemorar: além de ter amealhado o maior número de prefeituras no país, seu partido tem a presidência do Senado, três ministérios e o comando da capital paulista. Agora, é acompanhar o jogo político, uma vez que o resultado do último pleito deve desencadear uma dança das cadeiras nos governos federal e estadual com vistas em 2026.
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